6 de junho de 2011

Refutação dos Principais Argumentos Utilizados Pelas Testemunhas de Jeová

Refutação dos Principais Argumentos Utilizados Pelas Testemunhas de Jeová

Joseph M. Stagnitto

Argumento 1

As Testemunhas de Jeová são a religião verdadeira porque santificam o nome de Deus (Jeová), ao torná-lo conhecido a outros.

Refutação

Elas só usaram o nome "Testemunhas de Jeová" desde 1931. Antes desta data eram conhecidas como "Estudantes da Bíblia" e o principal termo que utilizavam quando se queriam referir a Deus era "Senhor". A razão por que mudaram o nome foi devido a ciúmes por parte do 'Juiz' Rutherford, o segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia. Depois do cisma de 1918-1919, surgiram vários grupos (incluindo o de Rutherford, embora ele se tenha apoderado astuciosamente de todas as propriedades e nomes de revistas da Sociedade quando removeu o quadro de directores da Sociedade, que eram os verdadeiros sucessores de Russell [nomeados por Russell no seu testamento]). Todos estes grupos eram chamados "Estudantes da Bíblia". Rutherford não podia tolerar que o identificassem com aqueles que recusavam submeter-se à sua tirania, por isso foi buscar ao texto de Isaías 43:10 um termo que só se aplicava aos judeus e apropriou-se dele para designar os seus seguidores. Para justificar esta mudança, ele afirmou que tinha recebido um dos seus muitos flashes "de luz" e impingiu "a luz que brilha mais e mais" de Provérbios 4:18 aos seus seguidores, que eram demasiado ignorantes para compreender o verdadeiro significado dessa passagem ou demasiado leais a Rutherford para se importarem.

O uso de uma palavra especial como meio de identificar uma deidade particular é uma antiga prática pagã que remonta a vários milénios. Uma palavra por si só não tem mais poder do que qualquer dos mantras ou preces místicas das religiões orientais. A palavra "Jeová" não tem nenhum significado fora do normal ou místico. Isto pode ser visto no facto de o Tetragrama nem sequer aparecer uma única vez nos manuscritos do Novo Testamento que ainda existem hoje. O facto de a comissão secreta (i.e., Fred Franz, George Gangas, Nathan Knorr, Milton Henschel e Albert Schroeder) que fez a Tradução do Novo Mundo ter inserido essa palavra mais de 200 vezes [237 vezes] na sua 'versão' do Novo Testamento, não dá nenhum apoio ao Argumento 1 (citado acima), pois essa tradução fraudulenta não tem qualquer base histórica ou documental [manuscritos]. Não passa de uma invenção da Sociedade Torre de Vigia.

A palavra "Jeová" é um erro linguístico. É o resultado de uma corrupção da tradução literal da palavra "Yahweh" (i.e., "aquele que existe eternamente") combinada com a forma substituta "Adonai", ou Senhor, usada pelos antigos hebreus. Preocupados com a possibilidade de usarem em vão o nome de Deus e assim violarem inadvertidamente o terceiro mandamento, eles tomaram a precaução de copiar as quatro consoantes do Nome Divino (YHWH) quando estas apareciam no texto, mas incluíam as vogais da palavra "Senhor", e era esta que pronunciavam em vez daquela.

A Tradução do Novo Mundo é inconsistente neste assunto. Por exemplo, no Antigo Testamento, a 'Comissão de Tradução' secreta da Sociedade decidiu traduzir a palavra "Adonai" (Senhor) como "Jeová" em todas as ocorrências em que se refere a Deus (cf. Isaías 9:8). Contudo, a comissão decidiu não fazer isto no Novo Testamento, no caso da palavra Grega para Senhor, "Kurios", porque fazê-lo provaria que Jesus é Deus. Como resultado disto, as Testemunhas de Jeová caíram no ridículo de terem 2 'primeiros' e 2 'últimos', assim como 2 'alfas' e 2 'ómegas'! (compare Revelação 1:8 com 22:12-16 e Isaías 48:12 com Revelação 1:17).

Ainda mais espantoso é que as Testemunhas de Jeová dizem que "Jeová" é o termo mais familiar (ou mais conhecido) para todas as pessoas e portanto é por isso que elas usam esta tradução "anglicisada" [isto refere-se à palavra inglesa "Jehovah"]. Os judeus reverenciavam tanto o Nome, que até usavam uma forma substituta com o mesmo significado, para evitar qualquer possibilidade de o profanar, enquanto as Testemunhas de Jeová na realidade usam um nome inteiramente diferente, apesar de a própria Watchtower admitir que "Yahweh" é muito provavelmente a forma mais correcta! Na realidade, elas disseram a Deus: "olhe, nós sabemos qual é realmente o seu nome, mas estamos a mudá-lo porque a tradução errada é mais popular." Isto não é santificar o nome... é uma profanação contra o Deus Altíssimo.

Argumento 2

As Testemunhas de Jeová são a religião verdadeira porque pregam de casa em casa.

Refutação

Existem várias denominações cristãs que também pregam de casa em casa, enquanto outras, vendo que esse tipo de testemunho é ineficaz para ganhar adeptos, se concentraram antes no testemunho de rua. A maioria dos moradores estão no trabalho durante a semana e muitos outros não abrem as suas portas a estranhos. Segundo um cálculo, são necessárias mais de 3.000 horas de proselitismo de casa em casa para conseguir converter uma pessoa à religião das Testemunhas de Jeová -- e uma grande parte destas estatísticas resulta do baptismo de crianças que são filhos de Testemunhas de Jeová! Realmente, o texto que diz que os Fariseus 'percorrem a terra e o mar para fazerem apenas um converso' aplica-se aqui perfeitamente. (Mateus 23:15)

Além disso, não existe nenhuma ordem bíblica para o tipo de pregação de casa em casa feita pelas Testemunhas de Jeová. Jesus enviou os seus discípulos aos pares para pregarem aos seus compatriotas na Judéia, para anunciar que o Reino de Deus estava iminente na forma do Messias que estava entre eles. Os discípulos anunciavam o Messias, Jesus, aos judeus. De facto, eles foram especificamente instruídos a NÃO irem de casa em casa nem de aldeia em aldeia! [Lucas 10:7b] Eles deviam entrar em casas onde fossem bem-vindos, instruir os moradores acerca do Messias e ficar ali vários dias. Este tipo de actividade de pregação foi terminado. Havia um objectivo para essa actividade nos dias de Jesus e este tipo de pregação cumpriu o objectivo. Seja como for, as Testemunhas de Jeová não seguem de modo nenhum as instruções de Jesus, tal como ele as delineou, e além disso não existe necessidade de esse tipo de pregação hoje.

As Testemunhas de Jeová tentam usar a prática dos apóstolos de "pregar de casa em casa" como base para venderem a mensagem da Watchtower de casa em casa, mas se analisarmos o contexto facilmente vemos que a premissa das TJ está completamente errada. Actos 20:20 diz: "enquanto eu não me refreei de vos dizer tudo que fosse proveitoso e de vos ensinar publicamente e de casa em casa." Aqui Paulo não está a falar para moradores desprevenidos mas sim para os "anciãos da congregação." (Actos 20:17) O ensino (não pregação) de "casa em casa", feito por Paulo, envolvia congregações nos lares, i.e., ajuntamentos de crentes cristãos que se reuniam para serem ensinados por Paulo. Este versículo não tem nada a ver com a actividade de pregação dita 'de porta em porta'. O mesmo se passa com Actos 5:42, onde os apóstolos foram a sinagogas e de casa-congregação em casa-congregação para ensinar as pessoas aí reunidas. Não encontramos em nenhum lado qualquer actividade apostólica que se assemelhe à actividade realizada pelas Testemunhas de Jeová hoje.

Resumindo, a afirmação de que a actividade de pregação das TJ é um requisito que a "verdadeira religião" deve ter, é uma invenção da Watchtower Society e não é um trabalho que a Bíblia ordena. Muitos grupos, como os Mórmons, empenham-se nesta actividade e as TJ não dizem que eles têm a religião verdadeira devido a essa actividade. Também, as escrituras provam que o tipo de actividade de casa em casa ordenada por Jesus é completamente diferente e até mesmo contrária àquela feita pelas TJ. A actividade realizada pelos apóstolos nem sequer é o mesmo tipo de actividade feita pelas TJ! O evangelho que Paulo pregou, acerca da morte e ressurreição de Cristo, é diferente do "evangelho" que as TJ pregam, segundo o qual Cristo voltou em 1914 mas é invisível e está a usar um grupo de homens em Brooklyn, Nova Iorque, para dirigir os seus assuntos.

Argumento 3

As Testemunhas de Jeová são a religião verdadeira porque respeitam a Bíblia ao viverem de acordo com os seus ensinos e não permitirem entre os seus membros a imoralidade, o fumo, ou o abuso do álcool.

Refutação

A maioria das comunidades cristãs também respeitam a Bíblia pois vivem segundo os seus ensinos. Algumas denominações até proíbem completamente que os seus membros consumam bebidas alcoólicas. E a disciplina é administrada com amor nestas comunidades cristãs para aqueles que se envolvem em imoralidade ou qualquer outra fraqueza da carne. Contudo, a proibição de fumar que as TJ adoptaram é recente (1974) e antes desta data, desde que Charles Taze Russell fundou esta religião em 1879, elas nunca desassociaram indivíduos por fumarem. É difícil acreditar que "Jeová" precisasse de quase 100 anos para alertar o Corpo Governante de que o fumo não era uma coisa boa. Muitas TJ não sabem que o seu segundo presidente, o 'Juiz' Joseph F. Rutherford, fumava cigarros. Elas também não sabem que o 'Juiz' era um álcoolico inveterado que ordenou à filial canadiana da organização Watchtower para contrabandear bebidas alcoólicas através da fronteira, durante a Proibição [Lei Seca] na década de 1920. Ele ficou tão furioso com a interrupção do suprimento de álcool que era enviado para Betel que até escreveu um artigo contundente denunciando a Proibição do governo como sendo inspirada por Satanás. Não só ele não foi desassociado nem repreendido por se envolver em tal abuso de drogas, como também as TJ acreditam sinceramente que este homem que fumava e bebia em demasia está agora no céu, esperando governar sobre as TJ numa terra paradisíaca.

Argumento 4

As Testemunhas de Jeová são a verdadeira religião porque "não fazem parte do mundo." Isto significa que não participam na política, não participam no nacionalismo e não celebram feriados nem aniversários natalícios.

Refutação

Além de ser uma deturpação de João 15:19, essa ideia é também uma invenção doutrinal da Watchtower. 'Não ser parte do mundo' significava não procurar aquelas coisas que o mundo busca avidamente, como relações sexuais imorais, a acumulação de riquezas ou envolver-se em devassidões relacionadas com o álcool. Não tem nada que ver com envolvimento político ou nacionalismo. De facto, os apóstolos eram muito nacionalistas pois isso era a própria essência do que significava ser judeu. O Novo Testamento de facto defende a cooperação pessoal com os políticos (veja 1 Timóteo 2:1, 2; Romanos 13:6).

No que diz respeito aos feriados, é verdade que a maior parte têm as suas origens no paganismo. Mas também é verdade que muitas outras coisas que fazemos na vida têm a sua origem em elementos pagãos, como o nosso calendário -- os nomes dos dias da semana e os meses do ano receberam os nomes segundo os nomes de deidades pagãs. Será que ficamos tão preocupados com o paganismo a ponto de não fazermos reuniões em certas datas devido a um medo neurótico do paganismo? Os significados originais subjacentes ao nosso calendário e feriados há muito tempo que desapareceram e não têm qualquer relevância hoje. Já não têm qualquer efeito nas nossas vidas. Os símbolos actualmente usados no mundo e na arte, em livros, papel de parede, etc. são frequentemente tomados de fontes pagãs.

Curiosamente, a Watchtower Society concorda com isto! Repare nestes comentários de um artigo da revista Awake! a respeito do uso de símbolos como o coração, a suástica, a cruz e outros:

"Qual deveria ser a atitude de um cristão em relação a formas e imagens que em algum local ou época possam ter estado associadas à religião falsa? ... Portanto, qual deve ser a preocupação principal do cristão? Não deve ser o significado que certo símbolo ou imagem possam ter tido há milhares de anos atrás ou como seriam encaradas noutra parte do mundo, mas sim o que isso significa agora para a maioria das pessoas onde ele vive.... Com tantas imagens diferentes que foram usadas na adoração falsa, se uma pessoa se desse ao trabalho e dispusesse de tempo, talvez encontrasse conotações indesejáveis para praticamente todas as imagens que vê à sua volta. Mas para quê fazer isso? Não seria isso desnecessariamente perturbador? E será que esse é o melhor uso do nosso tempo e atenção?" (Awake! [Despertai!], 22 de Dezembro de 1976, pp. 12-15)

Este artigo da revista Despertai! enfatisa que: 1) não é necessariamente errado usar simbolismo, mesmo que este tenha sido usado por pagãos no passado em adoração falsa, e 2) é um desperdício de tempo e é uma perturbação inútil preocuparmo-nos com o que algo possa ter significado no passado, ou mesmo hoje noutro local da terra.

O costume da árvore de natal iluminada originou-se com Martinho Lutero, uma pessoa que até a Watchtower Society reconhece ter sido um grande homem de Deus. Quando caminhava ao luar e agradecia a Deus por ter enviado o Seu filho, ele notou uma árvore que brilhava. Ele cortou-a e trouxe-a para casa, onde decorou os seus ramos com velas luminosas para recordar a todos que Cristo é a luz do mundo e que a árvore é um símbolo não só da árvore em que Cristo morreu, mas também da "árvore da vida" mencionada em Revelação. A tentativa que as TJ e outros grupos fazem de associar a árvore de natal com Jeremias 10:2-4 é errada, conforme se pode ver lendo o contexto -- esse texto menciona uma estátua de madeira que seria usada como objecto de adoração e não como árvore de natal. A árvore de natal nunca foi adorada e se alguém foi louco a ponto de se prostrar perante uma dessas árvores, isto não significa que em geral a árvore seja um objecto de adoração.

Se as TJ se vão vangloriar de que os seus membros não celebram feriados e aniversários porque estes têm raízes pagãs, para serem consistentes deveriam também não usar os nomes dos dias da semana ou dos meses do ano na sua conversação, ou quando escrevem a data num cheque ou em cartas, caso contrário serão tão 'culpadas' como aqueles que condenam. Como Deus achou apropriado que os anjos cantassem e rejubilassem quando Cristo nasceu (Lucas 2:13, 14), e como recebemos a ordem de "honrar o filho assim como honramos o pai" (João 5:23), os cristãos não pedem desculpa a ninguém por celebrarem o nascimento do seu Senhor e Salvador num dia muito apropriado. Eles têm o apoio das escrituras para observarem dias especiais que tragam honra a Deus (Colossenses 2:16-23; Romanos 14:5).

Argumento 5

As Testemunhas de Jeová são a religião verdadeira porque têm amor entre elas e não se envolvem em guerras na matança de cristãos de outros países.

Refutação

As TJ no México subornavam funcionários do exército para que assinassem um certificado declarando que elas estavam participando activamente em actividades militares ou tinham cumprido completamente o serviço militar que se requeria delas. Além disso, as TJ não são únicas na sua posição contra a participação em actividades militares. Os Menonitas, os Adventistas do Sétimo Dia, os Quaquers e a Igreja Mundial de Deus, para citar apenas alguns exemplos, também têm a mesma posição que as TJ.

Existe justificação nas escrituras para se participar em actividades militares:

Mateus 5:39 -- As TJ costumam citar as palavras de Jesus onde se diz para não resistir àquele que é mau, mas àquele que te esbofetear numa face, oferecer também a outra. Esse texto das escrituras faz parte de um sermão de Jesus no qual ele também recomenda que se dê tudo o que se tem àqueles que nos pedirem, que se faça favores a todos (não apenas a outras TJ) os que nos pedirem e que nos deixemos sofrer perdas em acções judiciais que outros possam ter contra nós. Será que as TJ aceitam estas declarações de forma literal? Dificilmente.

Mateus 8:5-10 -- Jesus não disse ao soldado centurião que abandonasse a instituição militar. Ele disse que não tinha visto maior fé do que a que este oficial do exército tinha.

Lucas 3:10-18 -- Quando as pessoas vinham ter com João para serem baptizadas, perguntavam-lhe se deviam fazer mudanças nas suas vidas. Quando soldados perguntaram a João "e que dizer de nós, que devemos fazer?" João não disse: "devem abandonar o exército". Esta teria sido uma oportunidade ideal para dizer a estes soldados que saíssem do exército! Em vez disso, João aconselhou-os a estarem contentes com os seus empregos e salários no exército, "não tirando dinheiro de ninguém pela força."

Actos 10:1-35 -- Cornélio, um centurião do exército Romano, é descrito como um homem devoto que temia Deus e orava continuamente. No versículo 35 o apóstolo Pedro deixa implícito que Cornélio é um praticante do que é correcto. Cornélio torna-se crente e é baptizado enquanto ainda é um oficial do exército. Pedro não disse a Cornélio: "antes de te baptizarmos, terás de sair do exército." Não existe no Novo Testamento qualquer referência a soldados admoestados a deixarem a profissão que escolheram, como requisito para se tornarem cristãos. De facto, em 1 Corintios 7:24 o apóstolo Paulo aconselha os recém-convertidos a permanecerem na situação em que Deus os chamou.

A resistência armada não é apropriada para resolver questões espirituais, como quando uma pessoa é perseguida devido à sua fé. Em vez de sugerir que os cristãos parem de resistir ao mal e se submetam, Jesus redireccionou a natureza da guerra para o crente. Paulo declara: "se for possível, no que depender de vós, sede pacíficos com todos os homens." (Romanos 12:18) Se existir algo que possamos fazer para evitar argumentar ou ser violentos com outros, devemos fazê-lo. Isto não significa, contudo, que devemos permitir que pessoas iníquas nos usem a nós ou aos nossos semelhantes ou vizinhos para os seus próprios fins (Provérbios 25:26). Se soubermos que eles têm intenções más que prejudicarão outros, é lógico que não procuraríamos "paz" por nos submetermos ao que eles pretendem. Uma pessoa não entrega os filhos a um molestador de crianças para procurar a "paz". Se não formos parte da solução, somos parte do problema.

Resumindo o que foi dito acima, a paz não é a única opção para os cristãos. As escrituras citadas acima qualificam-nos como pacificadores, pois fazer a paz nessas situações [submetendo-se], resultaria em males muito maiores. Este é o ponto principal. É por isso que a recusa em defender a nossa família de um pervertido ou assassino pode resultar num mal muito maior do que resistir fisicamente a tal pessoa. A paz não é sempre alcançada por submissão ao mal deliberado. Será que é mesmo uma manifestação de bondade não oferecer oposição ao mal? Será que podemos dizer que um cirurgião verdadeiramente bom não devia fazer nada para cortar tecido canceroso do seu paciente e devia simplesmemte permitir que este continuasse sofrendo? Será que podemos louvar uma força policial que fica passivamente a olhar e não oferece resistência ao ladrão armado, ao violador, ao incendiário, ou qualquer outro criminoso que ataca a sociedade? Como é que Deus poderia ser chamado bom se proibisse que o seu povo protegesse as suas famílias e vizinhos daqueles que lhes querem fazer mal?

Nem todas as acções militares são 'ofensivas'. Muitas vezes o que acontece é o contrário. Por vezes é necessária acção defensiva para defender a liberdade contra aqueles que querem suprimi-la e acabar com milhões de vidas inocentes. Portanto, é necessário que um Deus "bom" inclua o direito à auto-defesa como prerrogativa do seu povo. Ele não seria de modo nenhum "bom" se deixasse o mundo entregue aos horrores da crueldade desenfreada cometidos por criminosos violentos ou aos horrores da agressão de exércitos invasores.

Existem cristãos em muitas comunidades que são contra a participação em actividades militares. Muitas comunidades cristãs não insistem que todos os membros acreditem na justeza da acção militar. É permitido que cada um decida por si mesmo em que acreditar e o que fazer neste assunto. Conforme foi mencionado anteriormente, vários grupos são contra a participação no exército. Contudo, Jesus julgará as pessoas, não segundo o grupo religioso a que pertencem, mas segundo as suas vidas individuais. Naquele dia Jesus não dirá a cada pessoa: "És uma Testemunha de Jeová? Se não fores TJ, és automaticamente um cabrito!" Da mesma forma, cada membro do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová bem como cada Testemunha será julgada individualmente e não segundo o critério de pertença a uma determinada organização religiosa.

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