15 de junho de 2010

J.F.C Estudos

As "Testemunhas de Jeová"--
São mesmo? (Parte 2)


  • [Nota do redator: Este artigo é a continuação do estudo que começou no último número da revista. O primeiro artigo falou sobre as falsas profecias feitas durante quase um século do trabalho de diversos líderes das Testemunhas de Jeová. A conclusão do artigo foi que "a organização das Testemunhas de Jeová foi fundada e baseada sobre a aceitação forçada do ensinamento de falsos profetas". Nesta segunda parte do estudo, o autor examina a posição das Testemunhas de Jeová em três áreas: 1. A interpretação das Escrituras, 2. A pessoa de Jesus, e 3. Diversas outras questões doutrinárias. Leia com cuidado, examinando as Escrituras para verificar a vontade de Deus.]

As Testemunhas de Jeová têm, e sempre tiveram, uma chave para entender a Bíblia que não é das Escrituras

As Testemunhas de Jeová apontam energicamente para a servidão espiritual daqueles que estão em sujeição às hierarquias eclesiásticas e dizem que todos devem ter mente aberta e investigar a verdade da Bíblia por si mesmos. Contudo, as próprias Testemunhas de Jeová não podem ser fiéis à Sociedade Torre de Vigia e questionar suas próprias crenças e são, portanto, um dos grupos religiosos mais eclesiasticamente dominados que o mundo já conheceu. Isto é verdadeiro agora, e sempre foi desde o início do movimento.

Charles Taze Russell, o fundador do movimento, escreveu sobre sua série de livros, Studies in the Scriptures, in 1910:

"Não somente achamos que as pessoas não podem ver o plano divino estudando por si a Bíblia, como vemos, também, que se alguém puser de lado 'Scripture Studies' -- mesmo depois que os tiver usado, depois que os tiver lido durante dez anos -- e os ignora e vai para a Bíblia sozinho, ainda que ele tenha entendido sua Bíblia durante dez anos, nossa experiência mostra que ele vai para as trevas. Por outro lado, se ele tivesse apenas lido 'Scripture Studies' com suas referências e não tivesse lido uma página da Bíblia como tal, ele estaria na luz no fim de dois anos, porque ele teria a luz das Escrituras." (Watchtower, 15 de setembro de 1910. Encontramos este mesmo comentário em Watchtower, Julho 1957, citada por Anthony A. Hoekema, The Four Major Cults, Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1963, pág. 227.)

Muitas vezes, quando as pessoas confrontam as Testemunhas de Jeová com esta afirmação, elas apressadamente replicam que não acreditam mais na declaração de Russell. Contudo, ainda acreditam que não se pode entender a Bíblia sem o auxílio da Sociedade Torre de Vigia e suas publicações, como a revista Sentinela (ou, in inglês, Watchtower). Observe as seguintes declarações em publicações mais recentes:

"Jeová tinha escolhido a publicação que agora chamamos Sentinela para ser usada como um canal através do qual trazer ao mundo da humanidade a revelação da vontade divina e, através das palavras reveladas em suas colunas, fazer uma divisão da população do mundo entre aqueles que farão a vontade divina e aqueles que não farão." (Jehovah's Witnesses in the Divine Purpose, 1959, pág. 22, citada por Edmond C. Gruss, Apostles of Denial, Nutley, NJ: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1970, pág. 218.)

"Ele não concede seu espírito santo e um entendimento e apreciação de sua Palavra separadamente de sua organização visível.... Contudo, para Deus responder nossas orações por seu espírito, precisamos atender a certas condições, entre as quais está que reconheçamos o canal visível que ele está usando com esse mesmo propósito." (The Watchtower, 86:391, 1 de julho de 1965, citado Ibidem, pág. 219.)

Assim, as Testemunhas de Jeová têm ainda que crer que não se pode nem apreciar, nem entender a vontade de Deus, nem nossas orações serem ouvidas, a menos que reconheçamos a Sociedade Torre de Vigia como a única organização de Deus para revelar a verdade divina sobre esta terra.

Para ilustrar mais que as Testemunhas de Jeová têm que aceitar sem questionar as interpretações oficiais da Sociedade Torre de Vigia, ouça as palavras de Fred Franz, Vice-Presidente da Sociedade Torre de Vigia. Estas foram dadas sob juramento em um julgamento na Escócia, para estabelecer a isenção militar das Testemunhas de Jeová naquele país em 1954 [Observação: as Perguntas (P) foram feitas no tribunal, e as Respostas (R) foram dadas por Fred Franz]:

P: E ouviremos como essa Sociedade é formada e ordenada. É essa vista pelas Testemunhas de Jeová como a agência visível que Deus Jeová está usando no tempo presente?

R: Sim.

P: Para conduzir e dirigir a obra que ele deseja que seja feita hoje na terra?

R: Sim.

P: É essa sua crença?

R: Sim.

P
: É por essa razão que as Testemunhas de Jeová aceitam sem questionar as doutrinas e interpretações bíblicas como são expostas pela Sociedade Torre de Vigia através de seus diretores?

R: Sim.

P: Em publicações tanto periódicas como em forma de livro?

R: Sim.

P: Publicadas pelo Presidente e Diretores dessa Sociedade, e sob sua autoridade?

R: Sim.

(Julgamento na Escócia, págs. 22-25).

P
: Uma testemunha não tem alternativa; tem que aceitar como autorizadas e para serem obedecidas as instruções emitidas em "The Watchtower" ou "The Informant" ou "Awake" ("Despertai")?

R: Ela tem que aceitá-las.

(Ibidem, págs. 122-123).

P
: Há alguma esperança de salvação para um homem que confie só em sua Bíblia quando ele está numa situação no mundo onde não pode obter tratados e publicações de sua corporação?

R: Ele é dependente da Bíblia.

P: Ele será capaz de interpretá-la verdadeiramente?

R: Não.

(Ibidem, pág. 133).

P: Não se espera que ele se familiarize com as publicações da Sociedade?

R: Certamente que se espera.

P: Do ponto de vista das Testemunhas de Jeová, pode ele ter um entendimento das Escrituras separado das publicações das Testemunhas de Jeová?

R: Não.

P: Somente pelas publicações pode ele ter um entendimento correto das Escrituras?

R: Correto.

(Ibidem, pág. 499.)

É impossível obedecer a Bíblia e ser uma Testemunha de Jeová. Em 1 Tessalonicenses, 5:21, Paulo disse aos cristãos: "julgai todas as cousas", o que significa examinar tudo para ver se é de Deus ou dos homens. Este é um mandamento que os cristãos têm que guardar individualmente, um mandamento que não podemos transferir para outros. Contudo, as Testemunhas de Jeová precisam aceitar sem questionar os ensinamentos da Sociedade Torre de Vigia e seus chefes admitem isso! Já vimos antes neste capítulo que H. C. Covington, o Conselheiro Geral, confirmava que o propósito das Testemunhas de Jeová era ter unidade baseada sobre uma aceitação forçada de profecias falsas.

É impossível para Deus Guiar a Sociedade Torre de Vigia


Em 1 Coríntios 14:33, Paulo disse: "...porque Deus não é de confusão, e sim de paz." Quando se começa a examinar a massa de doutrinas contraditórias e interpretações das Escrituras que vieram da Sociedade Torre de Vigia, não é possível poder-se acreditar que Deus seja o autor delas. Por exemplo, considere a natureza do livro de Rute na Bíblia. Em 1902 a posição da Sociedade Torre de Vigia sobre este livro era:

"Conquanto o livro de Rute não seja profético, mas meramente histórico, ele é valioso para nós de vários modos." (Watchtower Reprints, IV, 15 de novembro de 1902, pág. 3110, citado por Edmond Gruss, Jehovah's Witnesses - A Non-Prophet Organization, pág. 156.)

Contudo, em 1932 a "Organização de Deus" adotou um ponto de vista inteiramente diferente sobre Rute:

"O livro não é somente histórico, mas profético, o cumprimento de cuja profecia acontece nestes dias presentes.... Precisamos concluir que o livro de Rute tornou-se parte da Palavra de Deus ou mensagem como uma profecia para o benefício especial dos restantes nos últimos dias.... O livro é uma profecia." (J. F. Rutherford, Preservation, págs. 169, 175-176, citado Ibidem, pág. 156.)

Estaria Deus confuso quanto à natureza do livro de Rute? Não, nem é ele o autor destas declarações contraditórias.

Sobre a ressurreição de Sodoma e Gomorra, em 1886, Russell disse:

"Assim nosso Senhor ensina que os sodomitas não tiveram uma oportunidade plena; e ele lhes garante tal oportunidade...." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, I. Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1886, pág. 110.)

Em 1954, a posição tinha mudado e ensinavam que Deus não restauraria estas cidades:

"Ele estava indicando precisamente a extrema impossibilidade de resgate para os incrédulos ou aqueles decididamente perversos, porque Sodoma e Gomorra foram irrevogavelmente condenadas e destruídas, além de qualquer recuperação possível." (The Watchtower, 1 de janeiro de 1954, pág. 85, citada por Gruss, Jehovah's Witnesses - A Non-Prophet Organization, pág. 157.)

Uma contradição como esta é visivelmente bastante má, contudo, em 1965, a "Organização de Deus" mudou de opinião, novamente!

"Como no caso de Tiro e Sidom, Jesus mostrou que Sodoma, má como era, não tinha chegado ao estado de ser incapaz de arrepender.... Assim, a recuperação espiritual do povo morto de Sodoma não é sem esperança." (The Watchtower, 1 de março de 1965, pág. 139, citada Ibidem, pág. 157.)

Sobre o estabelecimento físico de Israel na Palestina, em nosso tempo, as Testemunhas de Jeová costumavam ter que aceitar isto sem questionar:

"Que o restabelecimento de Israel na terra da Palestina é um dos acontecimentos a serem esperados neste Dia do Senhor, estamos plenamente seguros pela expressão acima do Profeta." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, III, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1891, pág. 244.)

"A promessa, vezes e mais vezes repetida, que o Senhor os reuniria e abençoaria na terra e os manteria ali e os abençoaria para sempre é prova conclusiva de que a promessa tem que ser cumprida.... Eis que o tempo está próximo!" (J. F. Rutherford, Comfort for the Jews, pág. 55, citado por Gruss, Ibidem, pág. 158.)

Contudo, agora eles têm que aceitar sem questionar exatamente o oposto:

"Nada no moderno retorno dos Judeus à Palestina e no estabelecimento da república israelense corresponde às profecias da Bíblia concernentes à restauração do povo titular de Jeová no seu favor e organização.... O restante dos israelitas espirituais, como as Testemunhas de Jeová, proclamaram em todo o mundo o estabelecimento do reinado de Deus em 1914." (Let God Be True, 2ª edição, págs. 217-218, citado Ibidem , pág. 158.)

Sobre as "autoridades superiores" de Romanos 13, as Testemunhas de Jeová ensinaram, até 1929, que as "autoridades superiores" eram os governos terrestres a quem os cristãos pagavam impostos, etc. (C. T. Russell, Studies in The Scriptures, I, pág. 266.) Então, de 1929 a 1962, a Sociedade Torre de Vigia explicava as "autoridades superiores" como sendo o Altíssimo Deus Jeová e seu exaltado filho Jesus Cristo (This Means Everlasting Life, pág. 197.). Então, em 1962, ela retornou à sua posição anterior:

"A despeito do fim dos Tempos dos Gentios em 1914, Deus permitiu que as autoridades políticas deste mundo continuassem como 'autoridades superiores' ou 'poderes existentes,' que são ordenados por Deus." (Babylon the Great Has Fallen! God's Kingdom Rules!, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1963, p. 548.)

Certamente, podemos ver que estas mudanças de doutrina e estas declarações contraditórias não podem ter vindo de Deus. Citamos a Sociedade Torre de Vigia numa declaração com a qual concordamos de todo coração:

"Jeová nunca comete erros. Onde o estudante confia no homem, é certo que ele será levado a dificuldades." (J. F. Rutherford, Prophecy, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1929, págs. 67, 68.)

"Os homens não somente contradizem a Deus, mas contradizem-se uns aos outros. Como poderiam eles ser guias confiáveis, a menos que suas palavras sejam baseadas nas palavras de Deus?" (Awake!, 22 de março de 1963, pág. 32, citado por Gruss, Jehovah's Witnesses - A Non-Prophet Organization, pág. 159).

As Testemunhas de Jeová não honram Jesus como honram o Pai

Quando começamos a estudar o ensinamento das Testemunhas de Jeová sobre Jesus, logo veremos que o ponto crucial da questão é se Jesus é ou não um ser criado. As Testemunhas de Jeová, quando pressionadas, admitirão que Jesus é "um deus" ou que ele é um tanto divino. Mas sua crença básica sobre Jesus é que ele é um ser criado. Como tal, ele não é digno de adoração, como o Pai o é.

Naturalmente, se Jesus é um ser criado, então as Testemunhas de Jeová estão certas em não adorá-lo. O próprio Jesus disse, em Mateus 4:10 (quando ele se recusou a adorar Satanás): "Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto". Este é um dos trechos favoritos das Testemunhas de Jeová em suas tentativas para mostrar que Jesus não deve receber adoração como o Pai.

A palavra grega para adoração nesta passagem é proskuneo, que literalmente significa "beijar a mão a alguém." A Bíblia uniformemente condena a adoração de tudo que é criado. Quando ele descreveu a degradação pagã dos gentios em sua idolatria. Paulo disse em Romanos 1:25, "Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!"

A definição bíblica de idolatria

Sempre que se adora qualquer coisa criada, seja uma pedra, uma árvore, um ser humano, etc., pratica-se o que a Bíblia chama idolatria. Naturalmente, a aplicação a esta questão é: se Deus criou Jesus (como afirmam as Testemunhas de Jeová que ele fez), então quem adorasse Jesus seria um idólatra.

Para confirmar ainda mais que a adoração de seres criados é errada, note a tentativa de Cornélio de adorar Pedro em Atos 10:25-26: "Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem" (Atos 10:25-26). Qual era o ponto de Pedro? "Não é apropriado adorar um ser criado, e eu, Pedro, sou uma criatura, portanto, levanta-te!"

Em Apocalipse 19:10, João contou sua tentativa sem sucesso de adorar um anjo (que é uma criatura, Salmo 148:2-5): "Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus." João tentou um ato semelhante em Apocalipse 22:9 e recebeu uma correção semelhante. Simplesmente, nunca é certo adorar uma criatura.

Jesus recebeu adoração e nunca reprovou ninguém que o adorasse

Por causa de Pedro rejeitar a adoração de Cornélio, e do anjo rejeitar a adoração de João, é especialmente surpreendente que os escritores da Bíblia usem a palavra adoração (proskuneo) do próprio Jesus quatorze vezes no Novo Testamento. Jesus aceitou essa adoração e nunca reprovou aqueles que o adoraram!

Em Mateus 2:1-2: "...vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo".

Semelhantemente, em Mateus 2:11: "Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram...."

As Testemunhas de Jeová podem replicar que estes eram apenas pagãos ignorantes. Mesmo que isso fosse verdade, concordemos que eles cometeriam idolatria se Jesus fosse uma criatura. Observe algumas passagens mais adiante.

Em Mateus 8:2, temos este registro: "E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me."

Alguém poderia asseverar que este homem também adorou Jesus em ignorância. Ainda assim, ele seria um idólatra se Jesus é, como as Testemunhas de Jeová asseguram, um ser criado.

Novamente, em Mateus 9:18: "... um chefe, aproximando-se, o adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre ela, e viverá."

Em Mateus 14:33, passamos dos possíveis pagãos ignorantes para os próprios apóstolos de Cristo. Depois que Jesus salvou os apóstolos da tempestade no mar da Galiléia, "...os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!"

Se Jesus fosse uma criatura, não parece estranho que, diferentemente de Pedro e do anjo que rejeitaram adoração, Jesus a aceitasse? Jesus nunca reprovou qualquer ato de adoração oferecido a ele.

Em Mateus 15:25, uma mulher cananéia "...veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!" sem repreensão de Jesus. Em Mateus 20:20, "Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor." Até então, Jesus tinha ensinado os apóstolos durante quase três anos e é óbvio que ele não lhes tinha ensinado a doutrina da Sociedade Torre de Vigia. Eles pensavam que era inteiramente correto adorar a Cristo!

Em Mateus 28:9, depois de três anos e meio com Jesus e depois de sua ressurreição, Maria Madalena e a outra Maria estavam correndo para dar a notícia aos seus discípulos. "E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram." No versículo 17, quando os onze discípulos encontraram Jesus na Galiléia, "E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram."

Encontramos exemplos semelhantes em Marcos 5:6-7 e João 9:38. Queremos também notar especialmente Lucas 24:51-52, que aconteceu depois da ressurreição de Jesus: "Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu. Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo."

Não é estranho que, se Jesus fosse um ser criado, os apóstolos não perceberiam isso até o ponto quando Jesus ascendeu ao céu? Por que Jesus não lhes ensinou mais perfeitamente neste assunto?

Contudo, algo ainda mais estranho existe. Em Hebreus 1:6, Deus disse de Jesus: "E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem."

Assim, se as Testemunhas de Jeová estão certas quando dizem que Deus criou Jesus, então não somente temos os apóstolos envolvidos em idolatria, mas Jesus aceitou a adoração idólatra deles. Também temos os anjos do céu envolvidos em adoração idólatra de Jesus, e Deus é quem está por trás de tudo!

Ainda mais, em referência a Jesus em Apocalipse 5:13-14, temos: "Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos prostraram-se e adoraram."

Observe que toda criatura adorava Jesus! Por esta afirmação, vemos que Deus não criou Jesus porque 1.cada criatura o adorou, e 2. Ele recebeu essa adoração.

Por estes exemplos podemos ver que somente um ser não criado, divino, deve receber adoração (Mateus 4:10, Romanos 1:25). Jesus recebeu adoração, sem censura, de homens mandados a adorá-lo pelo próprio Deus. Portanto, Jesus é um ser divino, não criado por Deus.

Isto é exatamente o que está errado na base do ensinamento das Testemunhas de Jeová sobre Jesus. Elas não adoram a Jesus. Em João 5:22-23 Jesus disse, "E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai".

Isto é exatamente o que as Testemunhas de Jeová não fazem. Eles recusam honrar o Filho assim como honram o Pai.

As Testemunhas de Jeová, no passado, achavam certo adorar Jesus

Uma coisa notável sobre a adoração de Jesus pelas Testemunhas de Jeová é que elas, no passado, criam que isso era correto. A "Organização de Deus", a Sociedade Torre de Vigia, costumava ensinar exatamente como a Bíblia o faz nesse assunto! Observe estas palavras das primeiras revistas Watchtower:

"Pergunta... Ele foi realmente adorado, ou é apenas falha de tradução? Resposta. Sim, cremos que nosso Senhor enquanto estava na terra foi realmente adorado, e também corretamente.... Era correto para nosso Senhor receber adoração..." (Watchtower Reprints, III, 15 de julho de 1898, pág. 2337, citado Ibidem, pág. 157.)

"Ele foi objeto de adoração sem censura ainda quando recém-nascido, pelos sábios que vieram ver o recém nato rei.... Ele nunca reprovou ninguém por atos de adoração oferecidos a si mesmo." (Watchtower Reprints, I, Outubro de 1880, pág. 144, citado Ibidem, pág. 157.)

Ainda mais incrível, homens fundaram a Sociedade Torre de Vigia para promover a adoração de Cristo! No Artigo II do Estatuto da Sociedade Torre de Vigia da Pensilvânia, lemos:

"Os propósitos desta sociedade são: adoração cristã pública do Todo Poderoso Deus e Jesus Cristo; prover e manter assembléias locais e mundiais para tal adoração...." (Citado Ibidem, pág. 157.)

Contudo, agora as Testemunhas de Jeová se recusam a adorar Jesus:

"...nenhuma distinta adoração é para ser prestada a Jesus Cristo agora glorificado no céu. Nossa adoração tem que ser a Deus Jeová." (The Watchtower, 1 de janeiro de 1954, pág. 31, citado Ibidem, pág. 157.)

Pode-se perguntar, "O que as Testemunhas de Jeová fazem com aquelas passagens na Bíblia onde Cristo recebia adoração?" Um escritor Testemunha tentou evitar a força dessas passagens dizendo:

"Se a expressão 'adoração' for preferida, então precisa ser entendido que tal 'adoração' é somente de um tipo relativo." (The Watchtower, 15 de novembro de 1970, pág. 704, citado Ibidem, pág. 157.)

Contudo, uma Testemunha de Jeová não pode sequer crer nisto e ser fiel a suas próprias publicações, porque também encontramos:

"Prostrar-se diante de homens ou anjos como adoração 'relativa' proibida." (Make Sure of All Things, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1953, pág. 178.)

Vemos a confusão óbvia da "única organização de Deus para a revelação da verdade divina" neste assunto. Relembramos esta afirmação pelo segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia:

"Jeová jamais comete erros. Onde o estudante confia no homem, ele tem certamente que ser levado a dificuldades." (J. F. Rutherford, Prophecy, págs. 67-68.)

Não é possível que as Testemunhas pertençam a Jeová, porque não honram a Cristo como deveriam. Jesus disse: "Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (João 5:23).


As Testemunhas de Jeová propagam ensinamentos que contradizem
o ensinamento claro da Bíblia

Existem passagens difíceis nas Escrituras, como Pedro disse em 2 Pedro 3:16 sobre os escritos de Paulo: "nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles".

Contudo, não é dessas Escrituras que falamos nesta parte. As Testemunhas de Jeová lutam até mesmo com as mais simples passagens de inspiração. Elas propagam ensinamentos que contradizem de modo gritante algumas das mais claras passagens de toda a Bíblia. Seguem-se apenas uns poucos exemplos entre os muitos que poderiam ser apontados:

O Rico e Lázaro

Em Lucas 16:19-23, Jesus nos disse:

"Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele.... Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio."

Esta passagem, vista literalmente, se opõe a tudo o que as Testemunhas ensinam sobre o que acontece ao homem depois da morte. Conquanto não seja nosso propósito aqui tratar minuciosamente deste assunto, levanta-se a questão: "O que as Testemunhas ensinam a sobre esta passagem? Como evitam sua força?" Uma interpretação mais absurda desta passagem seria difícil de se obter do que aquela sustentada pelas Testemunhas. Elas nos dizem que esta passagem é uma "parábola" na qual:

"... o rico representa a ultra-egoista classe do clero da cristandade, que agora está muito afastada de Deus e morta para a sua graça e serviço e atormentada pela verdade proclamada sobre o Reino. Lázaro retrata o remanescente fiel do 'corpo de Cristo'. Este, ao ser libertado da Babilônia moderna desde 1919, recebe a graça de Deus, representada pela 'posição no seio de Abraão' e é confortado pela sua Palavra." (Let God Be True, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, Inc., 1946, pág. 79).

Primeiro, observe que as Testemunhas e todos os outros que precisam negar esta escritura supõem que seja uma parábola. Em nenhum lugar nenhum outro escritor inspirado se refere a ela como sendo isso. Quando Jesus falou de "um certo rico" e de "um certo mendigo," Ele, evidentemente falou de pessoas históricas. Contudo, suponha que, ainda que a passagem nunca seja dita como uma parábola, aceitamos que seja. Contou Jesus, jamais, uma parábola em todo o seu ministério que não fosse baseada em coisas que existiam? Por exemplo, no capítulo anterior de Lucas, Jesus contou a parábola da ovelha perdida, a parábola da moeda de prata perdida, e a parábola do filho pródigo. Na primeira parte de Lucas 16, Jesus contou a parábola do administrador infiel. Poderíamos concluir pelas parábolas que ovelhas não existem? Nem prata perdida? Nem filhos pródigos? Nem administradores infiéis? O verdadeiro propósito das parábolas era ensinar uma verdade abstrata baseada em algo que existisse na realidade, como ovelhas, moedas de prata, administradores, filhos pródigos, etc. Uma interpretação mais fantasiosa de uma "parábola" seia difícil de se obter, e contudo, Jesus nunca falou da passagem como sendo uma parábola. Ensinamento contraditório semelhante é característico das Testemunhas.

A personalidade do Espírito Santo

As Testemunhas têm que acreditar que o Espírito Santo, do qual se fala extensivamente na Bíblia, não é uma pessoa. Isto é, o Espírito Santo não tem as características de personalidade. Eles falam do Espírito Santo assim:

"Mas o espírito santo não tem nome pessoal. A razão para isto é que o espírito santo não é uma pessoa inteligente. É a força ativa, impessoal e invisível, que tem sua fonte e reservatório em Deus Jeová e que ele usa para cumprir sua vontade." (Let Your Name be Sanctified, pág. 269, citado por Hoekema, op. cit. pág. 258).

Make Sure of All Things (ou seja, Certifique-se de Todas as Coisas) fala da grande comissão, quando Jesus disse aos apóstolos: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28:19-20). Nessa obra, a Sociedade Torre de Vigia diz que:

"'Em Nome do Pai' significa 'reconhecer o Cargo e a Autoridade' do Pai; igualmente, 'Em Nome do Filho' significa 'Reconhecer o Cargo, e Autoridade' do Filho. Contudo, 'Em Nome do Espírito Santo' significa 'Reconhecer a Função, a Atividade' do Espírito Santo." (Make Sure of All Things, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1953, pág. 41).

Por que essa mudança sobre o Espírito Santo? Simplesmente porque não crêem que o Espírito Santo seja uma pessoa.

Em contraste com estas afirmações, achamos que o Espírito Santo tem tantas características de uma pessoa que ele 1. sabe a vontade de Deus (1 Coríntios 2:11), 2. tem uma vontade (I Coríntios 12:11, Hebreus 2:4-5), 3. pode ser entristecido (Efésios 4:29-30), 4. pode-se mentir a ele (Atos 5:3), 5. é dotado de palavra (1 Timóteo 4:1) ' ensina (João 14:26), ' dá testemunho (João 15:26, Hebreus 10:15), " ouve (João 16:13), " ama, (Romanos 15:30), e · faz intercessão (Romanos 8:26).

Em resumo, o Espírito Santo é uma pessoa porque ele faz obras que apenas uma pessoa pode fazer. Qual "força ativa sem inteligência, impessoal e invisível" pode fazer sequer uma das coisas que foram citadas acima? As Escrituras tornam abundantemente evidente àqueles que vão honestamente a elas para ver o que dizem. O Espírito Santo exerce um cargo que somente uma pessoa poderia ocupar.

A ressurreição de Cristo

Poucas pessoas percebem que as Testemunhas negam a ressurreição corporal de Jesus da sepultura. Contudo, a Sociedade Torre de Vigia ousadamente afirma:

"O primogênito dos mortos não foi levantado da cova como uma criatura humana, mas foi erguido como um espírito." (Let God Be True, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1946, pág. 272.)

"...Deus Jeová deu fim a esse corpo pelo seu modo próprio, assim como deu fim ao corpo de Moisés, que foi uma espécie de Jesus Cristo; mas ninguém sabe como." (The Truth Shall Make You Free, pág. 264, citado por Hoekema, op. cit., pág. 274.)

"...foi necessário que, não somente o homem Jesus Cristo morresse, mas igualmente necessário que o homem Jesus Cristo nunca mais vivesse." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, V, Brooklyn: International Bible Students Association, 1899, pág. 454.)

"O corpo humano de nosso Senhor...não deteriorou ou se corrompeu.... Se foi dissolvido em gases ou se ainda está preservado em algum lugar como o grande memorial do amor de Deus, da obediência de Cristo, e de nossa redenção, ninguém sabe." (Ibidem, II, pág. 129).

"...ele foi morto como um homem, mas foi ressuscitado dos mortos como um ser espiritual da mais alta ordem de natureza divina... o homem Jesus está morto, morto para sempre, e não poderia ser um pai ou doador de vida ao mundo" (Ibidem, V, págs. 453-454.)

Não estamos preocupados com argumentos sobre passagens difíceis da Bíblia. Estes constituem contradições premeditadas a algumas das mais claras palavras que Jesus jamais disse:

"E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente" (João 20:27)

"Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então, lhe apresentaram um pedaço de peixe assado e um favo de mel. E ele comeu na presença deles" (Lucas 24:39-43).

O batismo

Seguindo o exemplo acima, seria difícil achar uma ilustração mais clara das doutrinas que as Testemunhas de Jeová propagam que contradizem diretamente o claro ensinamento bíblico. Contudo, observe a declaração da Torre de Vigia sobre o batismo:

"Batismo Não Lava Nossos Pecados." (Make Sure of All Things, pág. 40.)

Compare isso com a afirmação de Ananias a Saulo em Atos 22:16: "E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele."

Semelhantemente:

"O que, então o significa o batismo cristão? Não é uma lavagem de nossos pecados... (Efésios 1:7)" (The Truth that Leads to Eternal Life, pág. 183).

Que arrogância inserir esta afirmação num livro intitulado Verdade! Se lermos Efésios 1:7, veremos que, longe de dizer que o batismo nada tem a ver com a remissão dos pecados, Paulo disse de Cristo: "...no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados".

Paulo nos disse onde temos redenção através do sangue de Cristo: em Cristo. Em Gálatas 3:27, Paulo nos contou como entramos em Cristo, onde está a redenção: "...porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes".

De acordo com Paulo, somos batizados em Cristo, onde a redenção através do sangue de Cristo acontece. A Bíblia contradiz claramente as Testemunhas neste assunto.

Esperamos que você tenha percebido que este material não foi uma disputa sobre o que a Bíblia ensina. Ninguém pode olhar para sua Bíblia e negar que Jesus nunca chamou seu ensinamento sobre "um certo rico" e "um certo mendigo" uma parábola. Ninguém poderia negar que as Escrituras atribuem ao Espírito Santo muitas qualidades que somente uma pessoa pode ter. Como poderia alguém olhar para o Novo Testamento e negar que ele ensine claramente a ressurreição corporal de Jesus? Nenhuma pessoa letrada pode negar o ensinamento das Escrituras sobre o assunto do batismo, se não tiver "ajuda" de alguém que nega a doutrina bíblica. A Sociedade Torre de Vigia dá às Testemunhas de Jeová exatamente este tipo de ajuda para persuadi-las a crer e propagar ensinamentos que são diretamente contraditórios aos claros ensinamentos bíblicos.

Conclusão

Assim, chegamos ao encerramento deste estudo e concluímos que as "Testemunhas", na realidade, não são, de modo nenhum, de Jeová, porque:


  • A organização das Testemunhas de Jeová foi, comprovadamente, fundada e baseada sobre uma aceitação forçada de ensinamento de falsos profetas, especialmente quanto ao Armagedom.


  • As Testemunhas de Jeová têm agora, e sempre tiveram, uma "chave" contrária às Escrituras para o entendimento da Bíblia: suas publicações da Torre de Vigia.


  • As Testemunhas de Jeová não honram Jesus como honram o Pai e, em vez disso, ensinam que ele é uma criatura indigna de adoração.


  • As Testemunhas de Jeová propagam ensinamentos diretamente contraditórios ao claro ensinamento da Bíblia em muitos assuntos essencias.

­por Samuel G. Dawson
Traduzido do livro Denominational Doctrines: Explained, Examined, Exposed, © 1990 por Samuel G. Dawson e Patsy Rae Dawson, direitos autorais reservados. Usado com permissão.

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